Capítulo 16 em NEUROLOGIA VASCULAR: TÓPICOS AVANÇADOS
Prevenção Secundária do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico
PONTOS-CHAVE
A prevenção secundária no AVC deve ser pautada na identificação dos principais fatores de risco associados e do mecanismo fisiopatogênico envolvido, buscando a estratégia mais eficaz e custo/efetiva possível.
A hipertensão arterial sistêmica aparece como principal fator de risco relacionado, estando presente em cerca de 70% dos pacientes com AVC. Pacientes com mecanismo lacunar parecem se beneficiar de uma abordagem mais agressiva, visando à PAS < 130 mmHg, enquanto, de forma geral, busca-se um alvo de PAS < 140 mmHg.
A intervenção na doença carotídea é indicada em pacientes com estenose sintomática maior ou igual a 70%, com baixo risco cirúrgico (6%) e ictus em até seis meses do procedimento. Pacientes com estenose moderada devem ter sua indicação individualizada. A modalidade a ser escolhida (angioplastia versus endarterectomia) deve levar em conta as comorbidades de cada paciente e, principalmente, a expertise de cada centro.
O tratamento clínico intensivo, composto do uso de estatinas em altas doses, otimização da pressão arterial e atividade física regular, é o tratamento de primeira linha em pacientes com estenose intracraniana sintomática.
Sobre
Atua como médica neurologista especialista em AVC ("derrame cerebral")
Professora da FAMED-UFAL
CRM - AL 5647
RQE 3137